Afogamento infantil: como prevenir e agir rapidamente

O afogamento infantil é um dos acidentes mais graves e frequentes na primeira infância. Segundo o Ministério da Saúde, ele é a segunda principal causa de morte acidental em crianças pequenas no Brasil.
Entender os riscos, adotar medidas preventivas e saber como agir pode salvar vidas.


O que é afogamento infantil?

O afogamento ocorre quando a criança aspira água pelo nariz ou boca, causando obstrução das vias aéreas e impedindo as trocas gasosas. Esse processo pode levar rapidamente à asfixia e à parada cardiorrespiratória.
Ele pode acontecer em silêncio e em poucos segundos, em locais como:

  • Piscinas
  • Praias
  • Rios e lagos
  • Baldes, bacias e banheiras

Principais fatores de risco para afogamento infantil

  1. Curiosidade natural das crianças – Elas não têm noção de perigo e podem se aproximar da água sem supervisão.
  2. Falta de experiência com natação – Crianças pequenas não possuem força e coordenação para se manterem seguras na água.
  3. Falha na supervisão – Muitos afogamentos ocorrem quando o adulto responsável se distrai por alguns segundos. Estudos mostram que metade dos casos acontecem entre 16h e 18h, muitas vezes quando cuidadores estão comendo ou consumindo bebidas alcoólicas.

Como prevenir o afogamento infantil

A prevenção é o meio mais eficaz para evitar tragédias. Veja as medidas mais recomendadas:

1. Supervisão constante

  • Mantenha a criança sempre ao alcance do braço, conforme orientação da American Academy of Pediatrics (AAP).
  • Não confie apenas em boias ou flutuadores.
  • Combine claramente entre cuidadores quem está responsável pela supervisão.

2. Barreiras de proteção

  • Instale cercas com mínimo de 1,5 m de altura ao redor de piscinas, sem frestas maiores que 12 cm.
  • Utilize portões trancados, coberturas rígidas e alarmes de água.

3. Educação e treinamento

  • Ensine a nadar: a AAP indica aulas formais a partir dos 4 anos. Entre 1 e 4 anos, a decisão depende da maturidade e habilidades da criança.
  • Oriente a nunca entrar na água sem um adulto por perto.

4. Equipamentos de segurança

  • Prefira coletes salva-vidas certificados, especialmente em rios e mares.
  • Evite boias de braço como substitutos de segurança.

Primeiros socorros: o que fazer se a criança se afogar

Mesmo com todos os cuidados, acidentes podem acontecer. Nessas situações, agir rápido é decisivo:

  1. Retire a criança da água com segurança – Evite colocar-se em risco.
  2. Avalie a respiração – Se a criança não respirar, inicie imediatamente a reanimação cardiopulmonar (RCP).
  3. Acione o serviço de emergência (SAMU – 192).
  4. Continue a RCP até a chegada do socorro ou até a criança retomar a respiração.

(Fonte: American Heart Association, 2021)


Mensagem final: vigilância salva vidas

Crianças pequenas podem se afogar mesmo em poucos centímetros de água. Por isso:

  • Não tire os olhos da criança quando estiver perto de água.
  • Crie hábitos de segurança para todos os cuidadores.
  • Invista em barreiras, equipamentos e educação sobre segurança aquática.

A prevenção é sempre a melhor forma de proteção. 🌊👶🏊‍♂️


Referências

  • Denny SA, Quan L, Gilchrist J, et al. Council on injury, violence, and poison prevention. Prevention of Drowning. Pediatrics. 2021 Aug;148(2):e2021052227.
  • WHO. Preventing drowning. 2022.
  • Zamataro TMR. Acidentes por submersão. Sociedade Brasileira de Pediatria. Tratado de Pediatria. 2022.

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