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Receita para lidar com Birras

Se você der um Google ou buscar no Instagram, existem várias receitas para acabar com as birras das criança.

Mas, o que será que mães e pais competentes, habilidosos e com atitude fazem frente ao comportamento de birra dos seus filhos? Será que esses os saberes e as atitudes, ou o saber o que fazer, são tão diferentes?

1 Origem da palavra Birra

A palavra “birra”, quando se refere ao comportamento de crianças, tem uma origem etimológica incerta, mas é frequentemente associada à língua italiana. Acredita-se que ela possa ter se originado a partir do italiano antigo “birro” ou “birra”, que significa “homem obstinado” ou “homem teimoso”.

Com o tempo, a palavra “birra” passou a ser usada para descrever o comportamento teimoso e obstinado das crianças. No entanto, a evolução exata da palavra e sua entrada na língua portuguesa pode não ser totalmente documentada.

2 Manha e Birra são sinônimos?

“Manha” e “birra” são termos frequentemente usados para descrever comportamentos infantis, mas eles não são sinônimos exatos. Ambos se referem a comportamentos difíceis ou teimosos, mas podem ter nuances ligeiramente diferentes:

  • “Manha” geralmente se refere a comportamentos infantis que envolvem táticas de manipulação, como choramingar, fazer beicinho, ou agir de forma astuta para conseguir algo que a criança deseja.
  • “Birra” é mais específico e se refere a acessos de raiva ou choro intenso e incontrolável, frequentemente acompanhados de teimosia. Birras podem ocorrer quando a criança não consegue o que quer e expressa sua frustração de maneira intensa.

Embora haja sobreposição nas situações em que esses termos são usados, “manha” muitas vezes implica uma tentativa de convencimento sutil, enquanto “birra” está mais relacionado a explosões emocionais. No entanto, a interpretação pode variar dependendo da região e do contexto cultural.

3 Como a Psicologia entende as birras?

Dois cientistas importantes para a Psicologia estudam teorias que podem ser aplicadas à compreensão das birras de forma bem diversa.

Albert Bandura, em sua teoria de Aprendizagem Social, mostra que os modelos de comportamento têm um papel importante na aprendizagem de novos comportamentos e processos cognitivos (intelectuais) pelas pessoas.

Na criação de filhos, isso significa que as próprias atitudes dos pais podem influenciar o comportamento de seus filhos. Ou seja, o comportamento de birra seria aprendido com seus cuidadores, principalmente, por:

  • Observação e modelagem: ao observar o comportamento de outras pessoas, as crianças podem usar as birras para conseguirem o que desejam.
  • Reforço e punição: o comportamento da criança é influenciado pela forma que os pais lidam com ela. Se a criança percebe que a birra ajuda a conseguir o que deseja, ela terá mais chance de repetir o comportamento.

Outro conhecido psicólogo e neurocientista é Michael Potegal, e em seus estudos sobre o comportamento de birra em crianças descreve o que teria ocorrido com o seu próprio filho. Em um estudo de caso pessoal, Potegal relatou uma experiência de birra em um shopping center. Ele explicou que entendeu que a birra foi causada por uma combinação de fatores, incluindo a privação de sono e a exposição a ambientes super estimulantes. Ao invés de tentar parar a birra a qualquer custo, Potegal escolheu se afastar com o filho para um local tranquilo e conversar pacientemente com ele, até que ele se acalmasse. Essa experiência pessoal inspirou Potegal a se dedicar ainda mais à compreensão das birras e como lidar com elas de maneira eficaz.

4 Receita mágica para acabar com a birra?

É FAKE que existam receitas para acabar com as birras ou para qualquer outra abordagem na criação da criança. Cada criança e cada família são únicos e, portanto, têm ingredientes particulares para conviver bem, aprendendo juntos sobre as melhores formas de se relacionar nas diferentes situaç!oes do dia a dia.

Assim, para começo de conversa, sugerimos que modifique seu olhar sobre a birra, ao se lembrar que os modelos de comportamentos foram aprendidos, pois todos nós já nos sentimos desconfortáveis em determinadas situações.

A Mamãe Pingo vai ajudar a você a entender melhor o desenvolvimento e o comportamento da criança. Assim, você poderá cultivar os melhores ingredientes para a receita gourmet da sua família.

Bibliografia:

Potegal, M., & Davidson, RJ (1997). Afiliação pós-birra de crianças pequenas com seus pais. Comportamento Agressivo: Jornal Oficial da Sociedade Internacional de Pesquisa sobre Agressão , 23 (5), 329-341.

Vieira, T. M., Mendes, F. D. C., & Guimarães, L. C. (2010). Aprendizagem social e comportamentos agressivo e lúdico de meninos pré-escolares. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23, 544-553.

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